Paulo
chegou em casa decepcionado com a revelação que Isabella havia lhe confessado.
Estava voltando pro Brasil porque prometeu a um amigo de infância que
supostamente nem sentia a sua falta, que algum dia iria voltar. Que bobagens de
criança, pensou ele dando um soco contra a parede.
Não
era justo que a vida lhe pregasse tantas peças de uma só vez. Ele deveria
ganhar os creditos de melhor amigo, ele que ficou ao seu lado todos esses anos
e não aquele babaca. Ele sempre a apoio, a ajudou nos momentos bons e dificeis,
ele que sempre esteve ao seu lado desde criança, e começaram a adolescência
juntos, eles que sempre viajaram e compartilharam as coisas juntos, agora seria
abandonado porque a Isabella prometeu a garoto caipira que voltaria.
Ele
não se conformava e parecia que a todo momento a ouvia falar dele com toda
ternura deste mundo. Ele não podia suportar isso, teria que fazer alguma coisa
porque a qualquer momento ela poderia ir e talvez nunca mais voltaria e ele
como iria ficar?
Paulo
pensou tanto que começou a chorar, pegando uma garafa de wiskey e bebendo sem
controle. Lembrou-se de que Isadora
disse a ele que sua irmã nunca esqueceu uma pessoa de quem sempre gostou muito,
e agora tudo fazia sentido, absolutamente tudo. E tudo que ele tentou e
construir durante anos estava sendo levado embora como o vento, e o culpado de
tudo era ele: Luan.
Isabella
permaneceu algum tempo no parque, mais depois de tempo resolveu voltar para
casa. Não entendeu porque Paulo se comportou da quela maneira, ele sempre foi
como um porto seguro mais o lugar que ele sempre quis ter é de outra pessoa,
mais mesmo quanta distancia os dois sempre foram muito importantes para ela,
não queria ter que escolhe entre eles.
Ao
chegar em casa sentiu que teria que enfrentar sua decisão, a qualquer momento
teria que revelar o que decidiu, e teve certeza que a unica que a apoiaria era
sua irmã.
-
Você demorou muito pra chegar.. Liguei pra sua empresa mais a Maribel me disse
que você já havia saido de la a muito tempo. A onde é que você estava menina? -
Era sua mãe, preocupada e dramatica como sempre.
- Fui
dar uma volta com o Paulo, nada de muito importante, mas já estou aqui mãe, não
precisa se estressar tanto.
- Que
tranquilidade, eu aqui sofrendo pelo medo de alguma coisa acontecer com você, e
a gratidão é zero.
- Ai,
mãe se sabe que não é assim. Vem aqui me da um abraço. - Ela abraçou e enxeu de
beijinhos a sua mãe. - Não se preocupe viu, estou bem.. muito bem.
Sentindo
cansada, Isabella resolveu tomar um banho e debaixo do chuveiro jogou pra fora
em forma de choro todas as magoas, as tristezas, as angustias, a saudade que já
não lhe cabia mais. Andava em forma natural pelo quarto, e secando os cabelos
pensando em como iria encarar esta nova fase.
- Ah,
você está aqui - Isadora entrou pelo quarto e sentou-se numa poltrona. - Onde
você estava maninha?
- Ai
Isadora que dia dificel, sinto como se não fosse mais aguentar tanta cobraça,
tanta pressão, tanta expectativa em cima de mim.
- Mas
o que aconteceu pra você está assim tão abatida. Ta certo que hoje de manhã
você não estava as mil maravilhas, mas o que aconteceu?
-
Quando sai daqui, fui pra PowerFul, mais
não sei o que fui fazer lá porque não consegui me concentrar no trabalho. Mais
isso não fui tudo, o Paulo apreceu la e me chamou para tomar um sorvete e
conversar um pouco..
- E
dai?
- E dai, que ele queria saber porque eu estou
tão estranha esses dias, e ele fico sabendo da pior forma possivel que eu vou
voltar pro Brasil, pelo Luan..
-
Como é que é, Você vai voltar pro Brasil?
- Vou
Isadora, Eu vou voltar pra onde eu nunca deveria ter saido.
-
Essa é a melhor decisão que você já tomou em toda a sua vida.
Isabella
estava olhando pela janela imaginando o dia de seu retorno e se preparando para
uma bronca quando se supreendeu com a resposta da irmã. Virou-se lentamente e a
encarrou, mais depois de um tempo sorriu, levantando-se para abraça-la.
- Eu
pensei que você iria me chamar de louca, mais você me supreendeu. - Seus olhos
estavam cheios de água encarando sua propria imagem.
-
Como eu poderia te dar um sermão se eu joguei a carta para que você pudesse
entrar no jogo? Irmã eu te adoro, e quero que seja feliz, que saia desse
pesadelo e acorde para a felicidade.
- Eu
te amo sabia? Obrigada por me aturar tanto e estar sempre me dando forças para
cada decisão que eu tome. Muito obrigada viu? - Elas se abraçaram mais uma vez.
-
Sabe depois dessa boa noticia, eu também vou voltar para o Brasil.
-
Agora assim não poderia ficar melhor, irmã semana que vem o Brasil nos espera!
E os
dias passam naturalmente. Os pais de Isabella e Isadora acharam uma loucura
querer voltar depois de tantos anos. Compreenderam que nunca se adpataram a
Nova York e decidiram que voltariam todos juntos.
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