13
de Abril de 2013.
15
anos depois.
Nova York, cidade típica dos Estados Unidos,
tendo suas privações, suas características, seus defeitos como cidade e seus
maravilhosos pontos turísticos. É aqui que Isabella passou seu próximos quinze
anos, terminou a infância, com os pés na adolescência, onde descobriu muita
coisa nova. Fez amizades ao longo do tempo, e conforme os anos passaram mais
idêntica a sua irmã ela se tornavam. Chegaram mesmo até serem confundidas pelos
seus pais, e pelos namorados. Mas hoje, nenhuma das duas possui namorados, e já
são todas formadas profissionalmente sendo uma empresária e a outra médica.
Isabella era confidente se sua irmã gêmea e
sempre soube que Isadora é apaixonada por Paulo. O melhor amigo de Isabella,
mas sempre manteve segredo pois a irmã nunca quis que ele desconfiasse de nada.
Isadora também tinham suas certezas, e uma delas é que Paulo gostava de
Isabella e que a garota nunca conseguiu esquecer seu grande amigo de infância:
Luan.
Nas primeiras noites, Isadora sempre pegava a
irmã chorando e olhando pela janela, sabia que ela sentia a falta dele e demorou
para que ela se adaptasse ao lugar. Na escola nunca dava chance de alguém se aproximar, raramente falava com
alguém ou se dirigia aos professores,
foram muitos meses assim até que ela deu lhe a si mesma uma nova oportunidade.
Foi então que se tornou amiga de Paulo Sanches,
um rapaz rico que frequentava uma das melhores colégio de onde foi matriculada,
todas as garotas morriam por ele desde quando começou a adolescência, mas o
rapaz só tinha olhos para ela. A irmã então se apaixonou por ele, mas teve uma
desilusão muito grande quando ele lhe confessou que amava a sua irmã e até
chegou a pedir ajuda para conquistá-la.
Teve um certo
momento que Isabella pediu para que ele não confundisse o carinho com
sentimentos mais profundos. Ele então nunca se atreveu a lhe dizer que via nela
além de uma amiga, uma incrível mulher.
Foram muitos e muitos anos de muita confidência, muita amizade e Paulo
então mais apaixonado pela melhor amiga ficava; Isadora vendo aquela situação
ficava cada vez mais sem esperanças, e chegava muitas vezes a discutir com sua
irmã sobre isso.
Muitos anos se
passaram, e Isabella nunca mais chegou a saber de Luan, nunca receber nem se
quer um telefonema ou uma carta dele.
Ficou deprimida algumas vezes, mas manteve sua promessa de que não
importa quantos anos se passassem, sempre seriam amigos.
Abril de 2013. A
semana havia começado bem agitada, mas como todas as manhãs Isabella ficava do
alto da janela observando o movimento da cidade que nunca chegou a parar.
Começou a se lembrar de como sua vida mudo desde quando deixou o Brasil, havia
voltado lá uma ou duas vezes em todos esses anos. Não chegou a saber mais nada
de Luan, e a única coisa que sabia dele era que havia se mudado meses depois
que se mudou para Nova York.
Ela então se
sentou na varanda do quarto que repartia com a irmã, ficou observando o sol que
vinha do horizonte passivamente, lembrou que um dia retornaria ao Brasil, mais
em todos esses anos nunca voltou a pensar nessa possibilidade até agora.
- No que você
está pensando? - Seus pensamentos foram interrompidos quando Isadora entrou no
quarto enxugando os cabelos.
- Ah! em nada de
muito importante. - Ela se levantou indo em direção a penteadeira.
- Nada de
importante? - Ela não pareceu muito convencida. - A mim você não engana Bella,
vai fala pra mim, no que você estava pensando?
- Em como a minha
vida mudou tanto.
- Não.. Não
entendi.
- Estava aqui
pensando em como todos esses anos eu nunca cheguei a saber nada do Luan. Eu
também nem sei se ele ainda se lembra de mim, se ainda se lembra de como sofreu
ao nos separarmos quando crianças, se conseguiu realizar seus sonhos, se está
bonito, se chegou a se tornar numa pessoa de bons princípios... - Ela então se
caminhou para perto da janela e suspirou fundo.
- E eu nem sei o
que te falar Bella, tenho medo que você algum dia chegue a se decepcionar com
ele. Essas suas perguntas só podem ter alguma resposta quando você vê-lo depois
de tanto tempo.
- E é isso que me
deixa tão angustiada Isadora, não sei se ele se lembra de mim, se assim como
eu, ele chegou a pensar no nosso reencontro algum dia, por que eu prometi pra
ele que voltaria algum dia.
- Mas você já se
passaram 15 anos, e até agora você não voltou, ainda pensa em voltar?
- Sinceramente,
não sei. Nunca parei para pensar nessa possibilidade, tenho minha vida aqui e
mudar ela de uma hora pra outra seria muita responsabilidade. - Ela se levantou
e começou a organizar as coisas pois o dia seria longo.
- Então você não
pode se culpar de tudo isso que aconteceu, foi o destino que quis assim, você
não pode se culpar por tudo isso.
- Mas nunca quis
vim pros Estados Unidos, e você mais do que ninguém sabe que sofri e ainda
sofro muito por tudo isso que está acontecendo.
Isadora não disse
mais nada. Ao ver a irmã tão aflita lhe invadiu vários tipos de dúvida, por um
lado queria que ela voltasse ao Brasil e reencontrasse o grande amigo de
infância. E por outro lado teve medo de que Luan não a reconhecesse mais.
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