A porta se fecho
com todas as forças que poderia existir em seus braços, causando um barulho
enorme
pela empresa, Isabella sentou-se apoiando as mãos sobre o rosto e
suspirando profundamente. Permaneceu assim por minutos.
- Estou
interrompendo alguma coisa? – Uma voz meiga, sussurrava lentamente, quase não
se escutava por sua leveza.
- Não... entre
Maribel. – Isabella suspirou fundo se ajeitando na poltrona.
- Desculpa me
intrometer... eu sei que não é da minha conta, mais eu nunca vi vocês dois tão
alterados – Sua voz era de preocupação agora.
- Eu também
estou tentando entender o que esta acontecendo entre nós dois... Paulo nunca
foi assim tão... tão agressivo, usando
palavras dolorosas, agindo tão impulsamente, sem pensar, sem se importar se vai
magoar o próximo.. eu o desconheço, se comportando assim... e sabe o que mais
me dói Maribel... – Ela suspirou um pouco antes de prosseguir. - É que
em todos esses anos que nos conhecemos ele jamais alterou a voz comigo,
como tem feito nos últimos dias.
- Não sei nem o
que te falar, Doutor Paulo sempre foi tão sensato, tão meigo com você, cheguei
até pensar algumas vezes que ele esta apaixonado por você... Mas também o
desconheço, agindo de maneira tão medíocre.
- Não.. Não.. é
carinho de irmão.. e não há mais nada além disso, Paulo sempre me viu como
amiga e como uma irmã, só esta com medo de que eu volte pro Brasil e o
esqueça.. mais isso jamais vai acontecer..
-Bom, converse
com ele quando ele já estiver mais calmo, e quem sabe ele possa entender que a
vida é como um jogo, ela muda de repente.
- E você nem
imagina como a minha tem mudado nestes últimos dias..
- Mas o
importante é que no final, você seja feliz...
- Ai Maribel,
felicidade é uma coisa que está muito longe de mim.
- Quer um
conselho?
- Quero. – Ela
sorriu calmamente
- Não deixe pra
fazer amanhã, o que você pode fazer hoje.
Maribel se
retirou da sala deixando Isabella muito pensativa, mais repensando na conversa
de alguns segundos atrás, no fundo Bella sabia que Maribel tinha razão, não
poderia voltar para o Brasil na Quarta-feira sem antes falar com Paulo, sempre
tiveram uma relação muito sensata e não era por que ela iria viver em outro lugar
que a amizade de tantos anos terminaria assim.
Quando o dia
finalmente chegou ao fim, Isabella já estava exausta, chegou em casa
praticamente sem animo algum e tudo que desejava naquele momento era um banho
bem quente e se debruçar na cama e esquecer que lá fora existia um mundo grande
e complicado.
- Aconteceu alguma
coisa? – seus pensamentos foram interrompidos por Isadora que acabara de sair
de um banho e enxugava os cabelos.
- Não.. não
aconteceu nada. – Ela mentiu, e por sua vez mentia muito mal.
- Você mente
muito mal sabia. – Isadora enrolou os cabelos sobre uma toalha e sentou-se
perto da irmã, apoiando as mãos sobre as dela. – Anda, me conta o que
aconteceu... pela sua carinha, não é coisa muito boa.
- Pra você não
da pra mentir mesmo. – Ela sorriu quebrando toda a tensão. – Está bem vou lhe
contar.
Ela então
começou a contar todos os detalhes, desde a hora que se levantou, a reunião com
toda a empresa e como foi difícil se despedir de todos eles, mais lhe garantiu
que todos ficaram muito bem empregados.
Conto-lhe que até a hora do almoço com ela tudo haveria ocorrido bem,
mais que as coisas não saíram muito bem na parte da tarde.
Isadora porém mal
acreditava no que escutava, ficou incrédula quando soube que Paulo estava
incompreensivo com Isabella e que achava a promessa de voltar uma verdadeira
idiotice.
- Eu realmente
não acredito nisso, esse cara ta maluco? – Ela passou as mãos sobre o rosto. –
Você não vai desistir de tudo por causa de umas crise infantil dele ne?
- Não.. nunca
vou fazer isso, já esperei tempo demais, deveria ter voltado quando fiz 15
anos, naquela noite que o papai nos perguntou o que desejávamos de presente de
aniversario.
- Sei, eu me
lembro, como esquecer se foi a maior festa de todos os tempos.
- Pois é, mas eu
fui covarde e não disse realmente o queria da minha vida, mais agora eu não vou
desistir, eu vou e não importa as consequências, doa a quem doer, eu vou voltar
na quarta-feira bem cedo e ninguém vai me impedir.
- É assim que se
fala mana... mais e o Paulo?
- Eu sei que
você o ama de verdade, me desculpa por estar te afastando dele, as vezes acho
que penso mais em mim do que em você.
- Para com essas
ideias bobas Isabella... em todos esses anos ele nunca me olhou como eu olho
para ele, agora já não vai mais fazer diferença.
- Faz sim...
quando a saudade bater no seu coração a primeira coisa que vai se lembrar é do
nome dele, e de como o sorriso dele irá te fazer falta.
- Mas ele não
está preocupado se vai me ver ou não, e sim em você. – Seu tom mudou para
tristeza.
- Deixa ele se
acalmar, amanhã eu converso com ele. Tomara que ele esteja mais tranquilo. E
sobre o Brasil, eu não vou desistir, não vou me importar com ninguém, eu vou
voltar e a primeira coisa que eu vou fazer é procurar pelo Luan..
- É assim que se
fala... conta comigo sempre.
- Obrigada, as
vezes nem sei o que seria de mim se não tivesse você, eu te amo muito Isadora,
e mesmo que não demostre muito, eu nada sei fazer se você é a minha metade.
- Te amo muito,
e se você está feliz, eu também vou estar.
A duas se
abraçaram, e permaneceram por horas conversando sobre muitas coisas. Voltar
para o Brasil era um grande passo depois de muitos anos. Se perguntaram se iriam se adaptar ao lugar, e também em que
cidade iriam morar, se era em Osasco/SP ou ambiente.
Isadora teve duvidas
se todos ainda se lembrariam delas. Também se perguntaram uma a outra como o
Luan deveria estar, se estava bonito, se realizou os sonhos, se já se casou, ou
se já se formou em alguma profissão, Isadora se lembrara que quando criança,
era um garoto meigo cheio de sonhos e se ainda continua assim com todo o
carisma de um menino sonhador.
Formularam hipóteses
se a Bruna estra ainda mais bela do que se lembravam... Realmente quando o sol
nascesse na Quarta - Feira pela manhã, a vida delas jamais seriam a mesma.
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